BOAS VINDAS

Eu tenho uma espécie de dever,de dever sonhar

de sonhar sempre,

pois sendo mais do que

um espectador de mim mesmo,

Eu tenho que ter o melhor espatáculo que posso.

Fernando Pessoa

"Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos." Pitágoras

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Reflexão sobre o ato de educar...

Durante esta semana eu e uma colega estamos fazendo estágio com Educação Infantil,como sempre pesquisamos em sites,blogs e em teóricos para trazer os mais variados assuntos e atividades referentes à fase em questão.

Bem ao fazermos nossa fundamentação e baseadas em autores renomados e especialistas no assunto,como Freneit,Madalena Freire,observamos que todos afirmam que ao  trabalhar com crianças devemos ter o cuidado de trabalhar com a sua realidade,valorizando sempre  as suas experiências e vivências ,e assim através da prática educativa a criança vai construindo seu conhecimento.
Segundo Madalena Freire em seu livro"A paixão de conhecer o mundo" nos relata e afirma que:...se a prática educativa tem a criança como um dos seus sujeitos,construindo seu processo de conhecimento,não há dicotomia entre cognitivo e o afetivo,e sim uma relação dinâmica,prazerosa de conhecer o mundo...quando se tira da criança a possibilidade de conhecer este ou aquele aspecto da realidade, na verdade se está alienando-se da sua capacidade de construir seu conhecimento."

E dentro desse contexto muitas dúvidas nos surgiram,a realidade em sala de aula é outra,ou seja,muitas vezes a prática não anda junto com a teoria.

A pergunta é quem é o responsável por esse paradigma da educação?

O professor com falta de formação?
A escola que não  dá suporte aos educadores, não promovendo atividades que visem a aprendizagem?  
Falta de capacitação dos gestores?
Ou pior ainda a falta de comunicação entre a tríade pedagógica e os professores?

Não basta aos educadores fazer pós,mestrados e doutorados, se não souberem aplicar esses conhecimentos no cotidiano  escolar.

O que nos faz sermos melhores é a prática,é o chão da escola que nos faz aprender a ter realidade da realidade que nos cerca.

Afinal,a educação libertadora que prentendemos é realidade ou utópica?

Deixo uma citação de Libâneo para refletirmos sobre a nossa práxis educativa.

[...] a educação é uma atividade onde professores e alunos midiatizados pela realidade que aprendem e da qual extraem o conteúdo da aprendiazgem,atingem um nível de consciência dessa mesma realidade,a fim de nela atuarem,num sentido de transformação social[...].(libâneo,1996,p.33).


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Educação libertadora...

EDUCAÇÃO LIBERTADORA: UTOPIA OU REALIDADE



RESUMO




O presente trabalho conceitua Educação Libertadora, bem como, visa nos mostrar a educação na visão de Paulo Freire, seu mentor e idealizador. Para ele a educação deve realizar-se como prática da liberdade. Os caminhos da libertação só estabelecem sujeitos livres e a prática da liberdade só pode se concretizar numa pedagogia em que o oprimido tenha condições de descobrir-se e conquistar-se como sujeito de sua própria destinação histórica. Tento a realidade como mediador e objeto de aprendizado, a tendência libertadora funciona como abertura para uma sociedade democrática, preocupando-se também com o que está fora da escola em busca da emancipação do homem.






Palavras-chave: Educação; Libertação; Teoria e Prática.




1 INTRODUÇÃO


[...] a educação é uma atividade onde professores e alunos midiatizados pela realidade que apreendem e da qual extraem o conteúdo da aprendizagem, atingem um nível de consciência dessa mesma realidade, a fim de nela atuarem, num sentido de transformação social [...] (Libânio, 1996, p.33).




A citação de Libâneo está relacionada à tendência libertadora da Pedagogia Progressista iniciada por Paulo Freire no início dos anos 60. Enquanto a Pedagogia Liberal propõe uma adaptação do indivíduo à sociedade de classes, a Pedagogia Progressista pressupõe a análise crítica do capitalismo.




Também conhecida como Pedagogia de Paulo Freire, a tendência libertadora nasce em oposição aos métodos da época que não eram capazes ou não se preocupavam prioritariamente em formar cidadãos. Relacionando à citação de Libâneo, vê-se que, para Paulo Freire, cidadão é o indivíduo capaz de, na relação com a realidade, atuar num sentido de transformação social.


Também conhecida como “Escola Libertadora”, vincula a educação à luta e à organização da classe do oprimido. Revolucionária, divulga a transformação da sociedade e acreditava que a educação, por si só, não faria tal revolução, embora fosse uma ferramenta importante e fundamental nesse processo.


Sendo assim, o objetivo deste trabalho é compreender o que significa Pedagogia Progressista Libertadora, sob a ótica de Paulo Freire, bem como sua prática e teoria dentro do contexto educativo.




2 CONCEITO DE TEORIA E PRÁTICA


Na compreensão de Freire teoria é um princípio de inserção do homem na realidade como ser que existe nela, e existindo promove a sua própria concepção da vida social e política. Para confirmar esta opinião, vale à pena reler o texto.


De teoria, na verdade, precisamos nós. De teoria que implica uma inserção na realidade, num contato analítico com o existente, para comprová-lo, para vivê-lo e vivê-lo plenamente, praticamente. Neste sentido é que teorizar é contemplar. Não no sentido distorcido que lhe damos, de oposição à realidade [...] (Freire, 1979, p.93).


Com efeito, ao enfatizar o caráter contemplativo da teoria, Paulo Freire garante a inserção do homem na realidade. Ele deixa claro que teoria é sempre a reflexão que se faz do contexto concreto, isto é, deve-se partir sempre de experiências do homem com a realidade na qual está inserido, cumprindo também a função de analisar e refletir essa realidade, no sentido de apropriar-se de um caráter crítico sobre ela. Esse caráter de transformação tem uma razão de ser, pois provém antes de tudo, da sua vivência pessoal e íntima numa realidade contrastante e opressora, influenciando fortemente todas as suas idéias.


Compreende-se então, que teoria para Freire não será identificada se não houver um caráter transformador, pois só assim estará cumprindo sua função de reflexão sobre a realidade concreta.


A definição de prática em Paulo Freire está baseada inicialmente na relação entre "consciência servil" e "consciência do senhor”.




A prática não pode ater-se à leitura descontextualizada do mundo, ao contrário, vincula o homem nessa busca consciente de ser, estar e agir no mundo num processo que se faz único e dinâmico, melhor dizendo, é apropriar-se da prática dando sentido à teoria. Sobre essa conceituação assim se expressa Freire (1983, p.40). "[...] a práxis, porém, é ação e reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo". Portanto, a função da prática é a de agir sobre o mundo para transformá-lo.




A relação entre teoria e prática centra-se na articulação dialética entre ambas, o que não significa necessariamente uma identidade entre elas. Significa assim, uma relação que se dá na contradição, ou seja, expressa um movimento de interdependência em que uma não existe sem a outra. Assim, cada coisa exige a existência do seu contrário, como determinação e negação do outro; na superação, onde os contrários em luta e movimento buscam a superação da contradição, superando-se a si próprios. Portanto, relação teoria e prática em Freire, não são apenas palavras, é reflexão teórica, pressuposto e princípio que busca uma postura, uma atitude do homem face ao homem e do homem face à realidade.




3. EDUCAÇÂO PROBLEMATIZADORA X EDUCAÇÂO BANCÁRIA


Freire não se limitou a analisar como são a educação e a pedagogia, mas mostra uma teoria de como elas devem ser compreendidas teoricamente e como se deve agir através de uma educação denominada Libertadora. Para ele, educação é um encontro entre interlocutores, que procuram no ato de conhecer a significação da realidade e na práxis o poder da transformação.


Entende-se por pedagogia em Freire, a ação que pode e deve ser muito mais que um processo de treinamento ou domesticação; um processo que nasce da observação e da reflexão e culmina na ação transformadora.


Em oposição à pedagogia do diálogo, Paulo Freire desnuda a concepção bancária de educação; é uma crítica à educação que existe no sistema capitalista. Nessa concepção:


O educador é o que educa; os educandos, os que são educados; o educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem; o educador é o que pensa; os educandos, os pensados; o educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente; o educador é o quedisciplina; os educandos, os disciplinados; o educador é o que opta e prescreve sua opção; os educandos os que seguem a prescrição; o educador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam; o educador escolhe o conteúdo programático; os educandos se acomodam a ele; o educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às determinações daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os educandos, meros objetos (Freire, 1983, p.68).


Este desnudamento serve de premissa para visualizar o poder do educador sobre o educando e como conseqüência à possibilidade de formar sujeitos ativos, críticos e não domesticados. A Educação Bancária se alicerça nos princípios de dominação, de domesticação e alienação transferidas do educador para o aluno através do conhecimento dado, imposto, alienado.




De fato, nessa concepção, o conhecimento é algo que, por ser imposto, passa a ser absorvido passivamente.


Na visão "bancária" da educação, o "saber" é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão - a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro (Freire, 1983).


Como se vê, a opressão é o cerne da concepção bancária. Para analisar esta concepção que se fundamenta no antidiálogo, Freire (1983) apresenta características que servem à opressão. São elas: a conquista, a divisão, a manipulação e a invasão cultural.


Um dos principais eixos da educação libertadora proposta por Freire é o combate acirrado à dominação e opressão dos “de baixo”. Esses podem ser entendidos como os excluídos da sociedade capitalista, os “demitidos da vida”, os “esfarrapados do mundo”. Sua obra acredita na intenção de mudança, presente em cada ser humano, na conscientização dos “de baixo” que são, a todo instante, explorados pelos “de cima.”


O comprometimento com a transformação social é a premissa da educação libertadora.




[...] a educação é uma atividade onde professores e alunos [...] atingem um nível de consciência [...] [da realidade], a fim de [...] atuarem, num sentido de transformação social. Libâneo (1996, p.33)


Ao contrário da educação libertadora, a concepção bancária de educação não exige a consciência crítica do educador e do educando, assim como o conhecimento não desvela os "porquês" do que se pretende saber. Eis porque a educação bancária oprime, negando a dialogicidade nas relações entre os sujeitos e a realidade.


Paulo Freire propõe uma nova concepção da relação pedagógica. Não se trata de conceber a educação apenas como transmissão de conteúdos por parte do educador. Pelo contrário, trata-se de estabelecer um diálogo, isso significa que aquele que se educa, isto é, está aprendendo também.


A pedagogia tradicional (educação bancária) também afirmava isso, só que em Paulo Freire o educador também aprende do educando da mesma maneira que este aprende dele. Não há ninguém que possa ser considerado definitivamente educado ou definitivamente formado. Cada um, a seu modo, junto com os outros, pode aprender e descobrir novas dimensões e possibilidades da realidade na vida. A educação torna-se um processo de formação mútua e permanente.




4 CONCLUSÃO


O modelo de educação proposto por Paulo Freire se diferencia da educação tradicional, pois abomina dentre outras coisas a dependência dominadora, que inclui dentre outras a relação de dominação do educador sobre o educando.


O objetivo e o direcionamento da pedagogia de Paulo Freire, como explicitado por Libâneo, é atingir um nível de consciência da realidade. Mas é importante observar que este direcionamento não perde de vista as diferenças entre homens e crianças, como relata o Paulo Freire (1989, p.53) falando de sua experiência de leitura do mundo:


Mas, é importante dizer, a “leitura” do meu mundo, que me foi sempre fundamental, não fez de mim um menino antecipado em homem, um racionalista de calças curtas. A curiosidade do menino não iria distorcer-se pelo simples fato de ser exercida, no que fui mais ajudado do que desajudado por meus pais.


Desta forma, Paulo Freire opõe-se à Pedagogia Tradicional uma vez que ele não considera a criança como um adulto em miniatura, mas como ser portador de suas próprias especificidades.


A pedagogia de Paulo Freire propõe um ensino na base do diálogo, a liberdade e ao exercício de busca ao conhecimento participativo e transformador. Uma educação que esteja disposta a considerar o ser humano como sujeito de sua própria aprendizagem e não como mero objeto sem respostas e saber. Sua vivência, sua realidade e essencialmente sua forma de enxergar e ler o mundo precisam ser considerados para que esta aprendizagem se realize.


Através da prática Paulo Freire construiu sua teoria, por meio da ação construiu a esperança, através da militância, espalhou conhecimentos. Esses elementos demonstram a sua contribuição inegável para a educação brasileira. Contribuição que na maioria das vezes, deixou de merecer o devido reconhecimento de seu próprio país, apesar de reconhecida no restante do mundo.


Ao finalizar este trabalho, ficou-me claro que a pedagogia de Paulo Freire, era baseada na libertação do homem por meio da educação. Uma pedagogia que valorizava o sujeito e sua cultura, e que deveria se constituir em instrumento de autonomia do homem, e acima de tudo, uma pedagogia de respeito e ética ao ser humano.




5 REFERÊNCIAS


LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1996.


FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 17. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra,1979.


______. Pedagogia do Oprimido. 13. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra,1983.


. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1989

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Gestão escolar(3)



Um caminho longo a ser construído...

Temos que nos concientizar que uma gestão democrática é a forma mais eficaz de se construir uma educação voltada para a democracia,a cidadania que tanto queremos...

A escola não é a única responsável pela educação,todos somos convocados para essa batalha.

Uma gestão tem que ser marcada pelo envolvimento de todos,ou seja, pais,alunos,funcionários,professores, e acima de tudo,tem que ser autonoma,democrática,eficaz,baseada no diálogo,procupada com a "Educação".

Segundo Paulo Freire(1987,p.47): "Se o diálogo é o encontro dos homens para SER MAIS,não pode fazer-se na desesperança.Se os sujeitos no diálogo nada esperam do seu que fazer,já não pode haver diálogo.O seu encontro é vazio e estéril.É burucrático e fastidioso."

quinta-feira, 22 de julho de 2010

gestão escolar(2)

Gestão Escolar - Introdução



Por Conteúdoescola


21 de julho de 2004


...






O conceito de Gestão Escolar - relativamente recente - é de extrema importância, na medida em que desejamos uma escola que atenda às atuais exigências da vida social: formar cidadãos, oferecendo, ainda, a possibilidade de apreensão de competências e habilidades necessárias e facilitadoras da inserção social.






Para fim de melhor entendimento, costuma-se classificar a Gestão Escolar em 3 áreas, funcionando interligadas, de modo integrado ou sistêmico:

Gestão Pedagógica Gestão de Recursos Humanos Gestão Administrativa


Gestão Pedagógica Gestão de Recursos Humanos Gestão Administrativa






1. Gestão Pedagógica


É o lado mais importante e significativo da gestão escolar.


Cuida de gerir o área educativa, propriamente dita, da escola e da educação escolar.


Estabelece objetivos para o ensino, gerais e específicos. Define as linhas de atuação, em função dos objetivos e do perfil da comunidade e dos alunos. Propõe metas a serem atingidas. Elabora os conteúdos curriculares. Acompanha e avalia o rendimento das propostas pedagógicas, dos objetivos e o cumprimento de metas. Avalia o desempenho dos alunos, do corpo docente e da equipe escolar como um todo.






Suas especificidades estão enunciadas no Regimento Escolar e no Projeto Pedagógico (também denominado Proposta Pedagógica) da escola. Parte do Plano Escolar (ou Plano Político Pedagógico de Gestão Escolar) também inclui elementos da gestão pedagógica: objetivos gerais e específicos, metas, plano de curso, plano de aula, avaliação e treinamento da equipe escolar.






O Diretor é o grande articulador da Gestão Pedagógica e o primeiro responsável pelo seu sucesso. É auxiliado nessa tarefa pelo Coordenador Pedagógico (quando existe).






2. Gestão Administrativa


Cuida da parte física (o prédio e os equipamentos materiais que a escola possui) e da parte institucional (a legislação escolar, direitos e deveres, atividades de secretaria).


Suas especificidades estão enunciadas no Plano Escolar (também denominado Plano Político Pedagógico de Gestão Escolar, ou Projeto Pedagógico) e no Regimento Escolar.






3. Gestão de Recursos Humanos


Não menos importante que a Gestão Pedagógica, a gestão de pessoal - alunos, equipe escolar, comunidade) constitui a parte mais sensível de toda a gestão.






Sem dúvida, lidar com pessoas, mantê-las trabalhando satisfeitas, rendendo o máximo em suas atividades, contornar problemas e questões de relacionamento humano fazem da gestão de recursos humanos o fiel da balança - em termos de fracasso ou sucesso - de toda formulação educacional a que se pretenda dar consecução na escola.






Direitos, deveres, atribuições - de professores, corpo técnico, pessoal administrativo, alunos, pais e comunidades - estão previstos no Regimento Escolar.






Quando o Regimento Escolar é elaborado de modo equilibrado, não tolhendo demais a autonomia das pessoas envolvidas com o trabalho escolar, nem deixando lacunas e vazios sujeitos a interpretações ambíguas, a gestão de recursos humanos se torna mais simples e mais justa.






A organização acima - gestões pedagógica, administrativa e de recursos humanos - correspondem a uma formulação teórica, explicativa, pois, na realidade escolar, as três não podem ser separadas mas, isto sim, devem atuar integradamente, de forma a garantir a organicidade do processo educativo.



A fonte desta postagem:Conteúdo escola- O portal do educador

Conselhos Escolares - Educar para Crescer

Conselhos Escolares - Para Educar Crescer

Gestão Escolar

A gestão escolar é um assunto muito falado atualmente,mas que não gera atenção por parte daqueles que realmente deveriam interessar-se,pais,professores,enfim, todos os envolvidos no processo educativo...

Falo isso por ver que o caos se instalou principalmente em algumas escolas da rede municipal ,e parece que estão todos meio inertes,apesar de todo o esforço da nova direção...

Penso que os pais acham que dirigir,cuidar uma escola é só dever dos professores,diretores...

Na verdade estão desinformados,todos precisam colaborar para que a escola vá bem,aliás a educação,por isso a importância dos conselhos.

Sugiro que leiam esse artigo que postei sobre gestão escolar da revista Nova Escola.

Mais tarde falarei sobre o assunto!!!

Trabalho em grupo - Educar para Crescer

Trabalho em grupo - Para Educar Crescer

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Inclusão

Realmente existem coisas na vida da gente que não temos como explicar,essa semana estava pensando no que falar,já que iniciei meu blog há uma semana.Então resolvi falar em inclusão,um assunto atual,mas que gera muita discussão e acima de tudo tabu...

Leia o texto abaixo depois retornarei...

Segundo a Wickpédia:Inclusão social é um conjunto de meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pela diferença de classe social, origem geográfica, educação, idade, existência de deficiência ou preconceitos raciais. Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de acesso a bens e serviços, dentro de um sistema que beneficie a todos e não apenas aos mais favorecidos no sistema meritocrático em que vivemos.

 A inclusão social orientou a elaboração de políticas e leis na criação de programas e serviços voltados ao atendimento das necessidades especiais de deficientes nos últimos 50 anos. Este parâmetro consiste em criar mecanismos que adaptem os deficientes aos sistemas sociais comuns e, em caso de incapacidade por parte de alguns deles, criar-lhes sistemas especiais em que possa, participar ou "tentar" acompanhar a ritmo dos que não tenham alguma deficiência específica.Tem sido prática comum deliberar e discutir acerca da inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência: mencionando direitos inerentes a uma deficiência específica, abrangendo todos os direitos de forma generalizada, embrulhando-os, sem maiores cuidados em mostrar detalhadamente estes.


A REVISTA NOVA ESCOLA publicou entre tantos artigos assuntos da inclusão em escolas:
Agosto/Setembro 2009


Flexibilizar o espaço, o tempo, os recursos e o conteúdo é o caminho para a aprendizagem

Gustavo Heidrich (gustavo.oliveira@abril.com.br)



FLEXIBILIZAR RECURSOS A busca de novos materiais didáticos facilita a aprendizagem de toda a turma.




Ao longo da história da Educação, as escolas trataram as crianças com deficiência como incapazes, necessitando de tratamento médico, não de ensino. Essa perspectiva começou a mudar a partir de 1948, com a Declaração Universal de Direitos Humanos, que garantiu o direito de todos à Educação. Demorou algumas décadas para, a partir dos anos 1990, a visão assistencialista ser deixada de lado e dar lugar ao conceito de inclusão, que ganhou um papel central em documentos internacionais, como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994).






Por muito tempo, vigoravam no Brasil políticas que segregavam os que tinham necessidades especiais ou condicionavam a participação deles em classes convencionais à capacidade de "acompanhar os alunos ditos normais", como cita a Política Nacional de Educação Especial de 1994. A ideia de que a escola precisava se adaptar às necessidades das crianças ficou clara somente com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, que define: todas as crianças e jovens com necessidades especiais devem estudar na escola regular.






Contudo, para que o aluno aprenda, não basta que ele esteja matriculado. É primordial que a escola, as salas de aula e os profissionais que ali trabalham sejam preparados para que o ensino aconteça. "Quando a perspectiva ainda era a da segregação, o foco estava nas dificuldades das crianças. Os professores queriam checar o que elas não sabiam. Hoje se sabe que o primeiro passo é descobrir o que cada um conhece para criar situações de aprendizagem em que todos podem contribuir", explica a psicopedagoga Daniela Alonso, consultora da área de inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.






Dessa forma, a tendência é o desaparecimento das escolas e turmas especiais. Os profissionais e as instituições especializadas passam assim a dar apoio às escolas regulares, orientando gestores, coordenadores pedagógicos e professores nas adaptações no currículo, na aquisição de recursos didáticos específicos e na busca de parcerias externas.






Desde que os estudos sobre a psicogênese da língua escrita, como os da pesquisadora argentina Emilia Ferreiro, foram divulgados no Brasil, na década de 1980, há a clareza de que as crianças não aprendem no mesmo ritmo nem da mesma forma. Essa premissa - que vale para qualquer turma - é crucial quando se trabalha com crianças que têm necessidades especiais. O caminho apontado é o da flexibilização. "É preciso elaborar um plano educacional para cada estudante", recomenda Maria Teresa Mantoan, especialista em inclusão e professora da Universidade Estadual de Campinas. Existem vários tipos de flexibilização (e esse é o tema da edição especial Inclusão, de NOVA ESCOLA, que já está nas bancas). Ela precisa acontecer na escola em quatro frentes principais:






- Espaço Adaptar o ambiente para que todos tenham acesso às dependências escolares. Isso inclui, além das mudanças essenciais - como a construção de rampas e a instalação de elevadores -, a sinalização de degraus, vãos e obstáculos, a reorganização da sala de aula, a identificação em braile dos materiais para os deficientes visuais e o treinamento dos funcionários para que acompanhem os deficientes físicos na locomoção.






- Tempo Determinar períodos maiores para que os estudantes com necessidades especiais realizem tarefas mais complexas, aprendam os conteúdos, entreguem trabalhos e façam provas. Os estudantes com perda auditiva, por exemplo, precisam de mais tempo para se alfabetizar.






- Conteúdo Adequar o currículo, o projeto pedagógico e o planejamento das aulas. Com isso, os alunos têm a oportunidade de aprender cada um dentro das suas possibilidades. Alguém com síndrome de Down, por exemplo, talvez não consiga fazer cálculos complexos, mas pode aprender a fazer contas simples.






- Recursos Buscar materiais didáticos e novas estratégias de ensino. O uso de recursos como ilustrações e modelos em 3D facilita não só a aprendizagem dos alunos com deficiência, como da turma toda.






Ao atuar nessas quatro frentes, os gestores tornam a escola melhor para os estudantes com necessidades especiais e para todos que ali estão para aprender. "Pensar nas diferenças implica fazer muitas e variadas intervenções. Os caminhos da inclusão para atender a diversidade costumam sempre beneficiar o coletivo e melhorar a qualidade do ensino", finaliza Daniela Alonso.



 
Bem ao ler reportagens,artigos e etc,nesta semana caiu como do céu,um maravilhoso livro,com uma história maravilhosa e uma lição de vida para todos que fala muito bem sobre a inclusão,e este é o meu objetivo nesta postagem,sugerir a todo educador que está procurando aprender mais sobre inclusãoleia este livro e siga o blog que vou sugerir.

Simplesmente maravilhoso o livro e contagiante e emocionante a história de vida que a mãe conta de forma simples,mas que nos envolve.
A Escola Que Ensina ATodos

sábado, 3 de julho de 2010

Feira multidisciplinar Escola Gustavo Nordlund

Com o objetivo de criar maior integração entra pais,alunos e professores foi criada esta feira.
Ela acontece todos os anos e traz os mais variados assuntos desde fatos da história até trabalhos cientificos...
Abaixo apresentação de uma turma de 4ª série falando sobre a história da Espanha e sobre alimentos e culturas inseridos dos indigenas no nosso estado.
Acredito que trabalhos de pesquisa como estes que envolvem a comunidade escolar,desenvolvem na criança o senso de responsabilidade,estimula a curiosidade e de fato se faz a aprendizagem de maneira eficaz,eficiente e prazerosa.

Educar ou cuidar?

A educação ocupa o espaço de esperança na dinâmica da sociedade. Família, escola e sociedade são chamadas a compor uma unidade em prol deste desafio, que requer um rever contínuo de crenças, valores, princípios e ideais.







À escola em parceria com a família e à sociedade é reservado o papel de desenvolver a formação da criança para a cidadania, envolvendo conhecimentos, atitudes, habilidades, valores, formas de pensar e agir contextualizadas ao social para que possa participar de sua transformação.






Um desafio se coloca para o professor de educação infantil: um novo olhar sensível e reflexivo sobre a criança, procurando compreender e aceitar os sinais que manifesta e que comunica a respeito do que é e espera do adulto.






Sabe-se que a infância é algo em permanente construção. A concepção que nossos pais tinham quando éramos crianças é muito diferente da concepção que nós, hoje, temos de nossos filhos.






Durante anos a escola foi responsável em construir a identidade da infância e hoje essa escola tem diante de si uma infância oriunda de camadas sociais heterogêneas, onde imperam a indisciplina, o medo, a violência, a criminalidade...


A partir daí, torna-se mais forte a necessidade de aperfeiçoamento constante, permanente, dos profissionais da educação infantil. Para que se possam enfrentar os desafios dessa sociedade globalizada, não podemos abrir mão de valores de solidariedade e construção coletiva.






Para valorizar os conhecimentos que as crianças possuem e garantir a aquisição de novos conhecimentos, é necessário que o profissional reconheça as características da infância.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O lúdico na educação infantil

A ludicidade é assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional, principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo a essência da infância e seu uso permitirem um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento.

Independentemente de época, cultura e classe social, os jogos e brinquedos fazem parte da vida da criança, pois elas vivem em um mundo de fantasia, de encantamento, de alegria, de sonhos onde a realidade e o faz-de-conta se confundem apesar de a história de antigas civilizações mostrarem o contrário, fazendo o brincar se transformar em pecado.

Nas sociedades de mudanças aceleradas em que vivemos, somos sempre levados a adquirir competências novas, pois é o individuo a unidade básica de mudança. A utilização de brincadeiras e jogos no processo pedagógico faz despertar o gosto pela vida e leva as crianças a enfrentarem os desafios que lhe surgirem.
A aprendizagem depende em grande parte da motivação: as necessidades e os interesses das crianças são mais importantes que qualquer outra razão para que ela se ligue a uma atividade e da confiança na sua capacidade de construir uma idéia própria sobre as coisas, assim como exprimir seu pensamento com convicção são característica que fazem parte da personalidade integral da criança.
Dessa forma, o brincar aparece como um elemento de aprendizagem e desenvolvimento de adaptação social, de libertação pessoal e conservação da própria cultura ao encerrar uma série de valores, nomeadamente recreativos, pedagógicos cultural entre outro. Vale ressaltar que o brincar aparece também definido como jogo na teoria piagetiana. Assim, ao longo do período infantil.

No que se referem aos aspectos sócios, os jogos aparecem como instituições sociais capazes de promover a comunicação interpessoal, criando um relacionamento social e á compreensão das regras. Dessa forma, a atividade lúdica como berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável a pratica educativa. As brincadeiras permitem à exploração de potencial criativo de uma seqüência de ações libertas e naturais em que imaginação se apresenta como atração principal, o que significa dizer por meio do brinquedo, a criança reinventa o mundo e liberam as suas fantasias. É interessante observar que, Vygotsky, o ensino sistemático não é o único fator responsável por alargar os horizontes da zona de desenvolvimento proximal. Ele considera o brinquedo uma importante fonte de promoção de desenvolvimento. Afirma que, apesar do brinquedo não ser o aspecto predominante na infância, ele exerce uma enorme influencia no desenvolvimento infantil. De acordo com Vygotsky, por meio do brinquedo, a criança aprende a atuar numa esfera cognitiva, que depende de motivações internas, Nessa fase (idade pré- escolar) ocorre uma diferenciação entre os campos de significado e da visão. O pensamento, que antes era determinado pelos objetivos do exterior, passa a ser regido pelas idéias.

A criança passa a criar uma situação ilusória, como forma de satisfazer seus desejos não realizáveis.O educador infantil que realiza seu trabalho pedagógico na perspectiva lúdica observa as crianças brincando e faz disto ocasião para reelaborar suas hipóteses e definir novas propostas de trabalho. Não se sente culpado por este tempo que passa observando e refletindo sobre o que está acontecendo em sua sala de aula (Moyles, 2002, p. 123).

Em linhas gerais, é necessário que o educador insira o brincar em um projeto educativo, o que supõe intencionalidade, ou seja, ter objetivos e consciência da importância de sua ação em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem infantil. Este projeto educativo, no entanto, não passa de ponto de partida para sua prática pedagógica, jamais ponto de chegada definido rigidamente de antemão, pois é preciso renunciar ao controle, centralização e onisciência do que ocorre com as crianças em sala de aula.